sexta-feira, 24 de julho de 2009

Síntese

Fonte:profmauricia.meublog.org/.../radial-2009-sintese-resumo-resenha.doc - Similares
SÍNTESE

Segundo o Dicionário Eletrônico Novo Aurélio Século XXI, as definições para algumas formas de síntese são as seguintes:

RESUMO [Deriv. de resumir]
S. m.
1. Ato ou efeito de resumir(-se)
2. Exposição abreviada de uma sucessão de acontecimentos, das características gerais de alguma coisa, etc., tendente a favorecer sua visão global: síntese, sumário, epítome, sinopse.
3. Apresentação concisa, do conteúdo de um artigo, livro, etc., a qual, precedida de sua referência bibliográfica, visa a esclarecer o leitor sobre a conveniência de consultar o texto integral. Ao contrário da sinopse (2) (q. v.), o resumo aparece em publicação à parte e é redigido por outra pessoa que não o autor do trabalho resumido.
4. Recapitulação em poucas palavras; sumário (2).
5. Fig. Compêndio (3)

SINOPSE [Do gr. synopsis, ‘vista de conjunto’, pelo lat. tard. synopse.]
S. f.
1. Golpe de vista lançado sobre uma ciência, um objeto de estudo ou pesquisa.
2. Narração breve; resumo, sumário, síntese, epítome.
3. Apresentação concisa do conteúdo de um artigo, comunicado científico, etc., redigida pelo autor, ou por um redator da revista onde sai o trabalho, e que, usualmente posta entre o título e o texto, permite ao leitor decidir se convém ou não a leitura integral.
[Cf., nesta acepç., resumo (3).]

SUMÁRIO [Do lat. summariu.]
Adj.
1. Resumido, breve, conciso, sintético.
2. Realizado sem formalidades; simples.
S. m.
3. V. resumo (2)
4. Linhas que, no começo de um capítulo, indicam o assunto nele tratado.
5. Bibliol. Enumeração das principais divisões (capítulo, seções, artigos, etc.) de um documento, na mesma ordem em que a matéria nele se sucede; visa a facilitar visão do conjunto da obra e a localização de suas partes, e, para tanto, deve aparecer no início da publicação e indicar, para cada parte, a paginação (conforme Normas Brasileiras); índice de matéria, índice sinóptico, tábua da matéria.
[Cf., nesta acepç., incide (1).]

ÍNDICE [Do lat. indice.]
S. m.
1. Edit. Lista detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geográficos, acontecimentos, etc. (entradas), ordenados normalmente por ordem alfabética, com indicação de sua localização na publicação em que aparecem; índice analítico.
[Cf. sumário (5); dim.: indículo.]

O que mais nos importa é o resumo. Precisamos resumir livros, textos, pontos ensinados em sala de aula, informações em geral.
O resumo pode ser indicativo quando não dispensa a leitura do trabalho original; informativo, quando pode dispensar esta leitura; crítico, quando formula julgamentos sobre o trabalho resumido.
Só se consegue resumir bem o que se compreendeu. Caso não tenha compreendido tudo, apesar da leitura atenta, verifique pó que não entendeu. Pode ser problema de vocabulário, que a consulta a um bom dicionário resolve. Será falta de base, pois pressupõe conhecimentos anteriores? É preciso, então, voltar até o ponto básico que não tenha compreendido e estudá-lo convenientemente. Muitas vezes, não percebeu o relacionamento do trecho com os demais. Reestude a estrutura até determinar as relações das partes entre si e com o conjunto. Não tente resumir antes de entender o texto todo.
É necessário decidir o que é fundamental e o que é acessório. É a procura da idéia principal. Ela será a linha guia de seu resumo. O exame do sumário do livro ajuda a observar o conjunto e as partes do livro. Títulos, subtítulos, divisões, numeração indicam como o autor organizou a obra.
Perceber o método preferido pelo autor do texto a ser resumido facilita bastante a localização da idéia mais importante. Há alguns autores que apresentam os fatos, os exemplos logo no início do parágrafo ou do capítulo e sua teoria ou conclusão no final – é o método indutivo. Há outros que procedem ao contrário, iniciando com a regra, com a declaração e comprovam com fatos, casos, exemplos – é o método dedutivo. Se o leitor perceber o método, terá mais facilidade para resumir: ficará mais atento ao final no indutivo e ao início no dedutivo.
Encontrada a idéia principal, elimina-se tudo o que não é importante para a compreensão desta idéia. Alguns autores são muito repetitivos quanto às idéias, mas usam palavras diferentes, o que chega a confundir o leitor desatento. Por vezes, há comentários pessoais que podem ser deixados de lado, pois são acessórios. Se houver exemplo, escolha um que lhe pareça mais significativo. Um bom exemplo facilita a memorização.
Como o resumo é uma operação de síntese, pressupõe uma análise que decompõe o texto, possibilitando agrupar os elementos semelhantes e distinguir os que são diferentes.
Determinado o que é realmente importante, escreva o resumo com palavras que está mais acostumado a usar, mas não resuma enquanto lê. O novo texto lhe será mais familiar e mais fácil de ser memorizado. Use frases curtas com uma linguagem clara e breve, na ordem direta. Faça revisão comparando o texto original com o resumo.
Se estiver resumindo pequeno trecho, faça-o parágrafo por parágrafo. Normalmente, há, em cada parágrafo, uma só idéia principal que estará evidente no início ou no fim; mas pode estar fragmentada no texto. Se for um texto maior, um capítulo ou até um livro, procure perceber o plano que o autor empregou para escrever. Se você estiver habituado a fazer plano ou esquema para redigir, terá mais facilidade de perceber o plano dos outros.
Os pormenores podem ser a base da idéia central. Observe se é um exemplo, se é um elemento de comprovação ou parte de uma prova. Procure aguçar o espírito crítico não aceitando passivamente tudo o que vier escrito.

DESTACAR
Para auxiliar a resumir, uma técnica é sublinhar ou destacar. Como?
Para poder destacar bem, é preciso fazer duas leituras. Conheça antes o conjunto para distinguir a idéia principal das acessórias. Se o que deve ser resumido é um trecho longo, convém assinalar primeiro, à margem, com alguns sinais (não confie na memória) para, posteriormente, numa releitura, mesmo rápida, sublinhar a idéia principal, separar os pormenores mais importantes, os conceitos, as definições, os exemplos mais significativos. Não é preciso destacar o período ou a oração, só os termos que são essenciais. O uso de várias cores ajuda a perceber os conjuntos, as idéias afins.

ESQUEMATIZAR
Quem esquematiza refaz o plano do autor. Esta atividade faz memorizar de maneira mais fácil o que se assimilou. O esquema demonstra que se compreendeu como o autor organizou o conjunto de informações. Quando conseguimos relacionar as partes com o todo, lembramo-nos mais facilmente, pois classificamos e compomos um plano lógico. De acordo com as finalidades do esquema, colocamos mais indicações se o estudo é mais aprofundado e indicamos página para uma verificação posterior.
É claro que cada qual esquematiza da forma que julgar mais eficiente, com uso de símbolos gráficos, fluxogramas, desenhos, maiúsculas e outros recursos que achar convenientes.

Exemplo com destaque já feito:

Maneira de escrever

O estilo é o homem, e é na maneira de escrever que o estilo mais se revela. Muitas vezes, tudo quanto conhecemos de uma pessoa é o que ela escreve; por meio do estilo, vemos o homem. O homem de empresa, queira ou não queira, vive às voltas com a necessidade de comunicar-se por escrito.
Que pensaremos de um subordinado que nos solicita, por escrito, uma “lissencia”, para tratamento de “çaúde”?
Todos os anos, por ocasião dos exames vestibulares, professores vêm pelos jornais lamentando a ignorância dos candidatos no domínio da linguagem escrita. Erros de grafia e sintaxe acumulam-se nas provas. Dentro das empresas, as comunicações escritas constituem setor de atritos e desajustamentos porque, em geral, o homem que trabalha negligencia a redação e batalha para esconder a ignorância.
- Não tenho tempo para aprender!
É a escusa mais comum quando o homem de empresa não faz “blague”:
- Quem escreve as minhas cartas é a minha secretária!
Outros argumentam não necessitar em absoluto transformar-se em intelectuais para gerir negócios, o que não passa de distorção da necessidade que temos de escrever todos os dias cartas, memorandos ou simples recados.
A luta para esconder a ignorância é muito mais árdua do que a luta para aprender a escrever.
(PENTEADO, J. R. Whitaker. A técnica da comunicação humana.
São Paulo: Pioneira, 1974. p. 62)

Resumo
O homem se revela pelo estilo. O homem de empresa precisa comunicar-se por escrito. Há atritos e desajustamentos porque o homem, na empresa, se descuida da redação e quer esconder a ignorância. Argumenta que não tem tempo para aprender ou que tem secretária. A luta para esconder a ignorância é maior que de aprender a escrever.

Exercícios

1. Sublinhe as palavras-chave, esquematize e resuma o trecho de entrevista concedida pelo Dr. Euryclides de Jesus Zerbini a Lourenço Ethevaldo Siqueira e Lourenço Dantas Motta:

- O que o encaminhou para a especialização em cirurgia?
- A única disciplina pela qual eu realmente me interessei nos primeiros anos foi anatomia. Dessa eu gostava e, estudando-a, acostumei-me à Faculdade. E tornei-me médico por hábito. Depois da Revolução de 32, passei a ter aulas, na Santa Casa, com o professor Alípio Correa Neto, um homem esclarecido e muito bom cirurgião. Adaptei-me ao seu grupo, com o qual aprendi a fazer as primeiras operações. Em qualquer lugar em que o individuo se dedique ele progride, e foi o que aconteceu comigo. Sempre conto esta história para estudantes de Medicina, para mostrar-lhes que não é o Q.I. que distingue um do outro. De jeito nenhum. É a dedicação ao trabalho.
Se o indivíduo quiser ser bailarino ou pianista, basta dedicar-se dezoito horas por dia ao trabalho. É claro que as pessoas são diferentes, mas os que passam pela seleção de um exame vestibular para entrar numa universidade têm um Q.I praticamente igual. A dedicação ao trabalho é que vai distinguir um do outro. Todos os grandes homens do mundo foram grandes trabalhadores.
(O Estado de S. Paulo, 30.09.1997)

2. Sublinhe, esquematize e resuma:

O semanário O Popular, que circula na zona mineira do aço, noticiou em sua edição de 14 de janeiro a desventura ocorrida com Benedito Paranhos, morador em Timóteo, que registrou queixa na delegacia de polícia local contra a Padaria Colombo, localizada na cidade de Coronel Fabriciano.
Benedito pediu um pastel no balcão da padaria e a garçonete sugeriu que ele experimentasse a coxinha de galinha, especialidade da casa, que estava saindo do forno, quentinha. Assim que Benedito deu uma dentada na especialidade, a coxinha explodiu, queimando a parte externa e interna da sua boca, além do bruto susto. Interrogado pela polícia, o fabricante da coxinha declarou que ela possivelmente explodira devido ao excesso de farinha de mandioca, que teria criado gases combustíveis no interior do artefato. A polícia parece estar indecisa, sem saber se indicia o dono da padaria ou o encaminha a alguma indústria bélica...
(Visão, 02.02.1981)

3. Escreva uma carta a um amigo que se encontra no exterior e resuma.



DIFERENÇA ENTRE RESUMO E RESENHA


Para se fazer um resumo ou uma resenha é necessário que se faça primeiramente uma boa leitura.
E, para um melhor entendimento de um texto, você pode fazer a leitura em duas etapas.
1ª) Ler para se ter a visão do conjunto do tema
2ª) Retomar a leitura com maior atenção e sinalizar tópicos frasais de maior relevância.
Então, depois de realizada a leitura, cabe decidir se fará resumo ou resenha.

RESUMO
 É a condensação de conteúdo, sem análise crítica ou interpretação. Deve ter o mesmo vocabulário do autor e seguir a mesma ordem do texto.
O resumo deve ter:
a) brevidade
b) claridade
c) fidelidade

RESENHA
Não deixa de ser uma condensação do texto, mas também há a análise interpretativa do texto lido.
É um resumo crítico, deve existir uma apreciação crítica sobre a obra. Como fazer a resenha?
Primeiramente deve-se resumir o conteúdo e depois fazer a transição para a crítica, seguindo o esquema:
a) introdução
b) desenvolvimento
c) conclusão
d) crítica (quando for feita separadamente)
A resenha é muito utilizada em jornais e revistas
Se não houver segurança no tema é melhor chamar o trabalho de comentário ou fichamento.



Referência Bibliográfica


Elaboração de Resumos e Resenhas
Silvana Drumond Monteiro. Editora UEL.

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