terça-feira, 30 de junho de 2009

Como fazer uma dissertação argumentativa. Fonte: Por trás das letras

Como fazer uma dissertação argumentativa
Como fazer nossas dissertações? Como expor com clareza nosso ponto de vista? Como argumentar coerentemente e validamente? Como organizar a estrutura lógica de nosso texto, com introdução, desenvolvimento e conclusão?Vamos supor que o tema proposta seja Nenhum homem é uma ilha. Primeiro, precisamos entender o tema. Ilha, naturalmente, está em sentido figurado, significando solidão, isolamento. Vamos sugerir alguns passos para a elaboração do rascunho de sua redação. 1. Transforme o tema em uma pergunta: Nenhum homem é uma ilha? 2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou, ainda, concordando em parte e discordando em parte): essa resposta é o seu pon-to de vista. 3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal. 4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua posição. Estes serão argumentos auxiliares. 5.Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo, geralmente, dá força e clareza à nossa argumentação. Esclarece a nossa opinião, fortalece os nossos argumentos. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferencia o nosso texto: como ele nasce da experiência de vida, ele dá uma marca pessoal à dissertação. 6. A partir desses elementos, procure juntá-los num texto, que é o rascunho de sua redação. Por enquanto, você pode agrupá-los na seqüência que foi sugerida: Os passos : 1) interrogar o tema; 2) responder, com a opinião 3) apresentar argumento básico 4) apresentar argumentos auxiliares 5) apresentar fato- exemplo 6) concluir
(in Novo Manual da Nova Cultural - Redação, Gramática, Literatura e Interpretação de Textos, de Emília Amaral e outros)
Como ficaria o esquema
1º parágrafo: a tese 2º parágrafo: argumento 1 3º parágrafo: argumento 2 4º parágrafo: fato-exemplo 5º parágrafo: conclusão Exemplo de redação com esse esquema: Tema: Como encarar a questão do erro Título: Buscar o sucesso Tese 1º§ O homem nunca pôde conhecer acer-tos sem lidar com seus erros. Argumentação 2º§ O erro pressupõe a falta de conheci-mento ou experiência, a deficiência de sintonia entre o que se propõe a fazer e os meios para a realização do ato. Deriva-se de inúmeras causas, que incluem tanto a falta de informação, como a inabilidade em lidar com elas. 3º§ Já acertar, obter sucesso, constitui-se na exata coordenação entre informação e execu-ção de qualquer atividade. É o alinhamento preci-so entre o que fazer e como fazer, sendo esses dois pontos indispensáveis e inseparáveis. Fato-exemplo 4º§ Como atingir o acento? A experiência é fundamental e, na maior das vezes, é alicerçada em erros anteriores, que ensinarão os caminhos para que cada experiência ruim não mais ocorra. Assim, um jovem que presta seu primeiro vesti-bular e fracassa pode, a partir do erro, descobrir seus pontos falhos e, aos poucos, aliar seus co-nhecimentos à capacidade de enfrentar uma situa-ção de nova prova e pressão. Esse mesmo jovem, no mercado de trabalho, poderá estar envolvido em situações semelhantes: seus momentos de fracasso estimularão sua criatividade e maior em-penho, o que fatalmente levará a posteriores acertos fundamentais em seu trabalho. Conclusão 5º§ Assim, o aparecimento dos erros nos atos humanos é inevitável. Porém, é preciso, aci-ma de tudo, saber lidar com eles, conscientizar-se de cada ato falho e tomá-los como desafio, nunca se conformando, sempre buscando a superação e o sucesso. Antes do alcance da luz, será sempre preciso percorrer o túnel. (Redação de aluno.) Esquema da antítese Como incluir a contra-argumentação numa dissertação argumentativa A dissertação argumentativa começa com a proposição clara e sucinta da idéia que irá ser comprovada, a TESE. A essa primeira parte do texto dissertativo chamamos de introdução. A segunda parte, chamada desenvolvimento, visa à apresentação dos argumentos que comprovem a tese, ou seja, a PROVA. É costume estruturar a argumentação em ordem crescente de importância, como foi explicado no início desta lição, a fim de prender cada vez mais a atenção do leitor às razões apresentadas. Essas razões baseiam-se em provas demonstráveis através dos fatos-exemplo, dados estatísticos e testemunhos. Na dissertação argumentativa mais formal, o desen-volvimento apresenta uma subdivisão, a ANTÍTESE, na qual se refutam possíveis contra-argumentos que possam contrariar a tese ou as provas. Nessa parte, a ordem de importância inverte-se, colocando-se, em primeiro lugar, a refutação do contra-argumento mais forte e, por último, do mais fraco, com o propósito de se depreciarem as idéias contrárias e ir-se, aos pontos, refutando a tese adversa,ao mesmo tempo em que se afasta o leitor ou ouvinte dos contra-argumentos mais poderosos. Na última parte, a conclusão, enumeraram-se os argumentos e conclui-se, reproduzindo as tese, isto é, faz-se um SÍNTESE. Além de fazer uma síntese das idéias discu-tidas, pode-se propor, na conclusão, uma solução para o problema discutido. Esquema de uma dissertação com antítese Tema: Vestibular, um mal necessário. Tese: O vestibular privilegia os candidatos pertencentes às classes mais favorecidas economicamente. Prova: Os candidatos que estudaram em escolas com infra-estrutura deficiente, com as escolas públicas do Brasil, por mais que se esforcem, não têm condições de concorrer com aqueles que freqüentaram bons colégios. Antítese: Mesmo que o acesso à universidade fosse facilitado para candidatos de condição econômica inferior, o problema não seria resolvido, pois a falta de um aprendizado sólido, no primeiro e segundo grau, comprometeria o ritmo do curso superior. Conclusão (síntese´): As diferenças entre as escolas públicas e privadas são as verdadeiras responsáveis pela seleção dos candidatos mais ricos. Relação entre causa e conseqüência Você possui um tema para ser analisado. Neste caso, a melhor forma de desenvolvê-la é estabelecer a relação causa- conseqüência. Vamos à prática com o seguinte tema: Tema Constatamos que no Brasil existe um grande número de correntes migratórias que se deslocam do campo para as médias ou grandes cidades. Para encontrarmos uma causa, perguntamos: Por quê? ao tema acima. Dentre as respostas possíveis, poderíamos citar o seguinte fato: Causa: A zona rural apresenta inúmeros problemas que dificultam a permanência do homem no campo. No sentido de encontrar uma conseqüência para o problema enfocado no tema acima, cabe a seguinte pergunta: O que acontece em razão disso? Uma das possíveis respostas seria: Conseqüência As cidades encontram-se despreparadas para absorver esses migrantes e oferecer-lhes condições de subsistência e de trabalho Veja que a causa e a conseqüência citadas neste exemplo podem ser perfeitamente substituídas por outras, encontradas por você, desde que tenham relação direta com o assunto. As sugestões apresentadas de maneira nenhuma são as únicas possíveis. Veja outros exemplos: Causa: As pessoas mais velhas têm medo do novo, elas são mais conservadoras, até em assuntos mais prosaicos. Tema: Muitas pessoas são analfabetas eletrônicas, pois não conseguem operar nem um videocassete. Conseqüência: Elas se tornam desajustadas, pois dependem dos mais jovens até para ligar um forno microondas, elas precisam acompanhar a evolução do mundo. Causa: A nação que deixa depredar as construções consideradas como patrimônios históricos destrói parte da História de seu país. Tema: É de fundamental importância a preservação das construções que se constituem em patrimônios históricos. Conseqüência: Isso demonstra claramente o subdesenvolvimento de uma nação, pois quando não se conhece o passado de um povo e não se valorizam suas tradições, estamos desprezando a herança cultural deixada por nossos antepassados. Causa: A maioria dos parlamentares preocupa-se muito mais com a discussão dos mecanismos que os fazem chegar ao poder do que com os problemas reais da população. Tema: A maior parte da classe política não goza de muito prestígio e confiabilidade por parte da população. Conseqüência: Os grandes problemas que afligem o povo brasileiro deixam de ser convenientemente discutidos. Causa: Algumas pessoas refugiam-se nas drogas na tentativa de esquecer seus problemas. Tema: Muitos jovens deixam-se dominar pelo vício em diversos tipos de entorpecentes, mal que se alastra cada vez mais em nossa sociedade. Conseqüência: Acabam formando-se dependentes dos psicóticos dos quais se utilizam e, na maioria das vezes, transformam-se em pessoas inúteis para si mesmas e para a comunidade. Exercícios Apresentaremos alguns temas e você se incumbirá de encontrar uma causa e uma conseqüência para cada um deles. Escreva-as, seguindo o modelo apresentado acima: 1 Tema: As linhas de ônibus que percorrem os bairros das grandes metrópoles não têm demonstrado muita eficiência no atendimento a seus usuários. Causa: Conseqüência: 2 A convivência familiar está muito difícil. causa: Conseqüência: 3 As novelas de televisão passaram a exercer uma profunda influência nos hábitos e na maneira de pensar da maioria dos telespectadores. Causa: Conseqüência: 4 As doenças infecto-contagiosas atingem particularmente as camadas mais carentes da população. Causa: Conseqüências: 5 Apesar de alertados por ecologistas, os lavradores continuam utilizando produtos agrotóxicos indiscriminadamente. Causa: Conseqüência: Esquema de redação com causa-conseqüência Título Introdução (o problema): 1º parágrafo: Apresentação do tema (com ligeira ampliação). Desenvolvimento: 2º parágrafo - Causa (explicações adicionais) 3º parágrafo - Conseqüência (com explicações adicionais) Conclusão(a solução): 4º § - Expressão inicial + reafirmação do tema + observação final Proposta de redação Escolha um dos temas apresentados nesta folha e redija um texto em quatro parágrafos, conforme o esquema desenhado acima. Não se esqueça de aplicar a relação causa-conseqüência.
(Do livro Técnicas Básicas de Redação, Branca Granatic, Editora Scipione)
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Outro esquema interessante:
O texto Aquilo por que vivi, de Bertrand Russel, revela uma estrutura que o vestibulando poderá usar em sua redação. Leia o texto:
Aquilo por que vivi
Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram-me a vida: o anseio de amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes vendavais, impeliram-me para aqui e acolá, em curso, instável, por sobre o profundo oceano de angústia, chegando às raias do desespero.
Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase – um êxtase tão grande que, não raro, eu sacrificava todo o resto da minha vida por umas poucas horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos liberta da solidão – essa solidão terrível através da qual nossa trêmula percepção observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime. Busquei-o, finalmente, porque vi na união do amor, numa miniatura mística, algo que prefigurava a visão que os santos e os poetas imaginavam. Eis o que busquei e, embora isso possa parecer demasiado bom para a vida humana, foi isso que – afinal – encontrei.
Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o coração dos homens. Gostaria de saber por que cintilam as estrelas. E procurei apreender a força pitagórica pela qual o número permanece acima do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o consegui.
Amor e conhecimento, até ao ponto em que são possíveis, conduzem para o alto, rumo ao céu. Mas a piedade sempre me trazia de volta à terra. Ecos de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças famintas, vítimas torturadas por opressores, velhos desvalidos a construir um fardo para seus filhos, e todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa irrisão o que deveria ser a vida humana. Anseio por avaliar o mal, mas não posso, e também sofro.
Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida e, de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.
(Bertrand Russel, Autobiografia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967.)
O texto, cujo tema está explícito no título – os motivos fundamentais da vida do autor – apresenta cinco parágrafos.
No primeiro parágrafo, o autor revela as suas “três paixões”:
a) amor;
b) conhecimento;
c) piedade.
Em seguida, dedica três parágrafos para cada uma dessas paixões. O segundo parágrafo fala sobre a busca do amor; terceiro, sobre a procura do conhecimento; e o quarto, sobre a importância do sentimento piedade diante do sofrimento.
O quinto e último parágrafo realiza a conclusão do texto.
Eis o esquema:
1º§ - a, b, c;
2º§ - a;
3º§ - b;
4º§ - c;
5º§ - a, b, c.
(in Novas Palavras, de Emília Amaral e outros, editora FTD-1997)
Observar a estrutura dos textos dissertativos é um bom momento de aprendizagem. Recomenda-se tal exercício aos vestibulandos: ler editoriais e artigos de jornais.
Proposta de redação
A TV brasileira completa 50 anos. No início, houve quem considerasse o televisor mais um eletrodoméstico na casa. Hoje, sabe-se que ele não é só isso, a televisão é um modo de vida.
Redija um texto dissertativo, em prosa, com 30 linhas, analisando se a TV brasileira FORMA, INFORMA ou DEFORMA. Use o esquema acima.

Gênero Textual:e-mail.Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva

E-mail é um sistema de transmissão rápida via Internet em que os usuários se comunicam em questão de segundos. O correio eletrônico, ou seja, a página da Internet é o suporte e o gênero é o e-mail. Isto é, o correio eletrônico é o canal de transmissão do e-mail que é a mensagem. O e-mail ou mensagem, geralmente é produzido e transmitido pela mesma pessoa e o receptor é sempre o destinatário.
O e-mail surgiu em 1971 e seu criador foi Ray Tomlinson que enviou sua primeira mensagem. Ele criou o SNDMSG para transmissão do e-mail e o READMAIL para a leitura ou recepção do mesmo.
Aqui no Brasil a Internet chegou em 1988 numa ação conjunta entre o Ministério da Ciência e Tecnologia, CNPQ e outros. E hoje é raro o estudante do ensino superior, médio e até fundamental que não tenha acesso a Internet. Até alguns professores preferem receber o material via e-mail.
Esse método rápido, prático e quase universal em que quase todos têm acesso, ou pelo menos a maioria da população tem, tem suas vantagens e desvantagens. Como por exemplo, há uma velocidade na transmissão, mas depende de seu provedor; você pode produzir e ler e-mails na hora, mas isso gera um feedback; por enquanto é de baixo custo, mas o acesso discado (muitos ainda usam esse método) é mais caro; a mensagem pode ser arquivada, mas isso ocupa muito espaço e prejudica o desempenho do micro; entre outras coisas.
O contexto do e-mail baseia-se numa comunicação de textos, onde não precise estar frente a frente durante o diálogo e acontece de forma rápida. Utilizando-se da interação por e-mail fica um pouco difícil se comunicar, sem contextualidade do assunto. Para que haja uma boa interação na comunicação via e-mail, é preciso seguir algumas regras, as netiquetas. Elas nos orientam quanto a manter certa atenção nas cordialidades como não escrever a mensagem inteiramente em caixa alta, caracteriza estar gritando. Evitar erros gramaticais, além de brigas por e-mail. Responda sempre as mensagens individualmente a um destinatário, para evitar transtornos futuros.
Os internaltas assíduos apresentam sua caixas postais invadidas por flams, spams, scams e hoaces e poderão causar aversão ao leitor pois os spams são mensagens não solicitadas como: propagandas, convites, mensagens políticas ou religiosas, retirando a concentração e o entendimento do usuário de Internet assim como pode trazer custos financeiros. Os roacks têm a finalidade enganadora, antes da chegada da Internet eram denominados de malas diretas.
A característica essencial do gênero e-mail é repassar um conteúdo proporcional e vincular a interação a comunicação. O e-mail faz o mesmo, utilizando-se do correio eletrônico para distribuir a mediação do conhecimento de origem, de forma objetiva e que pode se estabelecer de forma dialógica.
As netiquetas funcionam como um conjunto de regras de etiqueta na Internet. Regras que refletem as normas de bom senso à convivência de milhões de usuários na rede. No sentido de manter uma relação de inicio e final bem equilibrada pela educação.
Dados recentes de uma pesquisa revelam que poucos utilizam dessa vertente na comunicação, comprometendo pois a interação entre os envolvidos. O contato e as sensações são transmitidas pelos smillys e palavras.
É importante também conhecermos algumas particularidade que circulam a comunicação virtual para apontar o emissor e o receptor do diálogo, normalmente são de origem inglesa.
É conhecido o quanto a comunicação via Internet revolucionou o circulo de relações humanas e interligou todos numa grande rede de entretenimentos, cultura, lazer, noticias e educação.

Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva
Ana Raquel de Freitas


Fonte: Article Marketing Brasil

Funções do "se" e "que".Autor: Geraldo Majela Bernardino Silva

FUNÇÕES DO “SE”
1- PRONOME SUBSTANTIVO PESSOAL REFLEXIVO:
Ex: Pedro feriu-se. - Deixou-se arrastar. - Reservou-se o direito de castigar.

2- PRONOME SUBSTANTIVO PESSOAL RECÍPROCO:
Ex:Deram-se as mãos.Eles se amam reciprocamente. Vocês se esmurraram durante o recreio?

3- PRONOME SUBSTANTIVO APASSIVADOR (Partícula Apassivante - Partícula Apassivadora
- Passiva Pessoal)
Seguindo um verbo transitivo direto que esteja na 3a pessoa, com sentido passivo.
Ex: Alugam-se quartos. - De todas as esmolas que se distribuíram fez-se uma lista.

4- PRONOME SUBSTANTIVO INDEFINIDO: (Passiva Impessoal, Índice de Indeterminação do
Sujeito - Símbolo de Indeterminação do Sujeito, Partícula Indeterminante do Sujeito)
Seguindo um verbo de outra predicação, na 3a pessoa do singular.
Ex: Entra-se na sala. - Sai-se por onde se entra. - Daqui se assiste aos desfiles.
Está-se bem aqui. - Precisa-se de camareiras. - É-se feliz nesta casa.
Morre-se como se vive. (Talis vita, ita finis!)

5- PARTÍCULA DE REALCE: (Pode ser retirada da oração, sem prejuízo do sentido desta).
Ex: Partiram-se jubilosos. - Acreditas no que o Profeta disse? Se creio.
Os campos secam-se, as flores murcham-se, as aves emudecem-se.

6- PARTÍCULA IDIOMÁTICO-VERBAL: Quando vem unido aos verbos pronominais.
É aqui parte integrante do verbo e não se analisa separadamente pois não tem função própria
Para alguns autores é objeto direto ou complemento direto de espontaneidade.
Ex: Absteve-se de votar. Arrependeu-se do crime. Zangou-se com o amigo.
Esquivou-se do perigo.
OBS: VERBOS ESSENCIALMENTE PRONOMINAIS: abster-se, ater-se, apiedar-se,
apropriar-se, arrepender-se, compadecer-se, esquivar-se, condoer-se,congratular-se,
dignar-se, esvair-se, jactar-se, queixar-se, suicidar-se, vangloriar-se.

SE = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA

1- CAUSAL: (Já que, visto que, por que)
Ex: Se não voltas logo, por que deixas aqui teus objetos?

2- CONDICIONAL:
Ex: Irei à tua casa, se não chover à noite. - Iam para o martírio como se fossem para o triunfo.
Obs: Na locução como se, separam-se as duas conjunções, analisando separadamente cada
uma delas: Como = Conjunção subordinativa adverbial conformativa.
(Oração subentendida semiótica - como iam).
Se = Conjunção subordinativa Adverbial condicional.

3- CONCESSIVA: (Embora).
Ex: Se há maus, nem por isso devemos descrer dos bons.

4- INTEGRANTE: (Entre dois verbos, completando, integrando o sentido de um deles).
Ex: Diga-me se sabe a lição. - Pergunta-lhe se trouxe a correspondência.

[Autor: Geraldo Majela Bernardino Silva - Lido: 2893 Vezes - Categoria: Português]



Funções do QUE


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1- SUBSTANTIVO:Com o sentido de algo, alguma coisa(como substantivo deve ser acentuado)
Ex: Ele tem um quê de misterioso. Todos os gênios têm um quê de loucos.

2- PRONOME ADJETIVO:
A)- INTERROGATIVO: Que recado me deste ontem?
B)- EXCLAMATIVO: Que silêncio maravilhoso!
C)- INDEFINIDO: (quanto + variações) Que injúrias lhe dirigiu ele!

3- PRONOME SUBSTANTIVO RELATIVO: Refere-se a um termo anterior que ele representa.
Ex: A bicicleta que eu comprei era amarela. (sintaticamente= objeto direto)
O aluno que é seu irmão é muito inteligente. (sintaticamente= sujeito)
A casa em que moro é muito pobre. (sintaticamente= adjunto adverbial de lugar)
O aluno por que eu rezei é muito meu amigo. (sintaticamente= adjunto adverbial de favor)
O livro a que me refiro é muito caro. (sintaticamente= Objeto indireto)
A finalidade para que eu vim é a melhor possível.(sintaticamente= Adjunto adverbial de fim)
( Que = pronome relativo = o qual + variantes)

4- PRONOME SUBSTANTIVO INDEFINIDO INTERROGATIVO: Com o sentido de “Que coisa?”
Ex: Que me disseste ontem? (sintaticamente= Objeto direto)

5- PREPOSIÇÃO: “Que” substituindo a preposição “de” na perífrase : “ter de...”
Ex: Eu tive que fazer minha obrigação.

6- ADVÉRBIO: A)- DE MODO (“que”= como): Ex: Que assustador era aquele monstro.
B)- DE INTENSIDADE (“que= quanto): Que enganados andam os homens!

7- PARTÍCULA OPTATIVA: Dá sentido optativo às orações conshderadas independentes.
Ex: Que Deus o abençoe!

8- PARTÍCULA ENFÁTICA:(DE REALCE, ou EXPLETIVA, não tendo, assim, função na oração)
Ex: Há anos que não o vejo. (Há anos não o vejo.) - Trata-se, nesta frase, de mero adorno.
Aparece constantemente nas expressões: é que, foi que, era que, será que, seria que...
Ex: Eu é que dei o recado. - Será que vai chover? - Isso é que é... (uma oração só)

9- INTERJEIÇÃO: Como o substantivo, aqui também ele é acentuado.
Ex: Quê! Vocês se revoltam?

10- PARTÍCULA ITERATIVA: (iterum= outra vez) Vem repetido por ênfase e realce.
Ex: “Ai que saudades que tenho...” - Que felicidade que vocês me trazem!


QUE = CONJUNÇÃO COORDENATIVA

1- ADITIVA: (Com valor de “e”) : Ex: Bate que bate. - Mexe que mexe.

2- ALTERNATIVA: (Quando repetida)
Ex: Que me atendam que não me atendam, citá-los-ei em Juízo. - Um que outro vai à Índia.

3- ADVERSATIVA: (Com o sentido de mas, porém, contudo, todavia, entretanto...)
Ex: Você pode ir que eu não irei.

4. EXPLICATIVA: (Com o sentido de “por que” “porquanto”)
Ex: Façam silêncio, que Judite está dormindo.


QUE = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA

1. INTEGRANTE:Geralmente entre dois verbos, completando, integrando o sentido do primeiro.
Ex: Verificou que só se ocupava com elas! - Ela quis que ele ficasse em casa.
Não desejamos que tu morras. - Tudo depende de que estudes bastante.
O que quero é que tu voltes logo. - Que você permaneça é o nosso real desejo.

2. COMPARATIVA: (depois de: mais, menos, melhor, pior, como, maior, menor, etc...)
Ex: “Não há maior erro que não conhecer o homem o seu erro”. (Fr. Heitor Pinto)

3- CAUSAL: (Quando o verbo da frase principal não for imperativo. Veja a explicativa)
Ex: Vou depressa, que preciso chegar cedo.

4- CONCESSIVA: (embora, ainda que)
Ex: Gosto de goiabas, verdes que estejam.

5- TEMPORAL: (enquanto, quando)
Ex: Não andam muito que no erguido cume
Se acharam onde um campo se esmaltava. (Camões)

6- FINAL: (a fim de que, para que)
Ex: Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa a que Marte tanto ajuda,
Que se espalhe e se cante no Universo
Se tão sublime preço cabe em verso. (Camões)

7- CONSECUTIVA: (Depois de tal, tanto, tão, etc...)
Ex: É de tal maneira idiota que todos se riem dele.

8- CONDICIONAL: (SE)
Ex: Não fui eu que quebrei o copo, que fosse, que tem você com isso?

[Autor: Geraldo Majela Bernardino Silva - Lido: 7804 Vezes - Categoria: Português]

domingo, 28 de junho de 2009

Acentuação Gráfica

Fonte: Profa. Célia Trindade de Araújo e Silva

Regras de acentuação gráfica

A acentuação gráfica das palavras, na língua portuguesa, obedecem a algumas regras básicas:
1. Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas (que apresentam uma única sílaba, pronunciada com intensidade), terminadas em:
-a(s), -e(s), -o(s).
Ex.: pé(s), pá(s), nó(s), mês, fé(s), rês, má(s), etc
2. Acentuam-se as palavras oxítonas (a tonicidade recai sobre a
última sílaba) terminadas em:
Ex.: sofá(s), Amapá, café(s), cipó(s), também, parabéns.
3.Acentuam-se as paroxítonas (a tonicidade recai sobre a penúltima sílaba) terminadas em -l, -n, -r, -i(s), -u(s), -ão(s), -on(s), -ã(s), -um, uns, -ps e ditongos seguidos ou não de –s.
Ex.: nível, hífen, caráter, júri(s), vírus, órgão, próton, órfã(s), álbum,
fóruns, bíceps, série, colégio, estágio, área(s), imundície, tábua(s).
4.Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas (a tonicidade recai sobre a antepenúltima sílaba).
Ex.: lâmpada, pêssego, ,âncora, esplêndido, zoológico, etc
Observações:
As regras de acentuação relacionam-se com as terminações das palavras.
Observe as regras das oxítonas e das paroxítonas. Note que as terminações que exigem acento nas oxítonas não exigem nas palavras paroxítonas e vice-versa, por isso não é necessário decorar o grande número de terminações que exigem acento nas paroxítonas. Basta que você conheça as regras das oxítonas, que são em número bem menor.
Os monossílabos tônicos são acentuados como as oxítonas (só não
levam acento se a palavra terminar com –em ou ens.
5.Acentuam-se os ditongos orais abertos –éu(s), -éi(s) e –ói(s).
Chapéu, constrói, sói(s), fiéis, troféu, carretéis

6.Acentuam-se as vogais i e u tônicas que formam hiato com a vogal anterior e ficam sozinhas na sílaba ou seguidas de s na sílaba tônica.
Ex.: ru-í-do, ba-ú, ca-ís-te, sa-ú-de, sa-í-da, pa-ís, Piauí, teiú
Atenção: O i e o u não serão mais acentuados nas paroxítonas se vierem depois de um ditongo.
Ex: feiura, saiinha, bocaiuva, cheiinho
Observação:
Não se acentuam as vogais i e u que formam hiato com a vogal anterior e ficam sozinhas na sílaba, quando forem seguidas de nh.
Ex.: ra-i-nha, ba-i-nha, ta-i-nha, la-da-i-nha
Acentua-se a primeira vogal do hiato –ôo
Esta regra desapareceu. Agora se escreve:
Ex.: enjoo, voo, perdoo, voo, zoo, magoo, etc.
Desapareceu o trema sobre a letra U em todas as palavras do português.
Ex.: frequência, equino, aguentar, linguiça. etc
Permanece apenas nas palavras de língua estrangeira.
Ex.: Müller, Gisele Bündchen, Günther, etc
Os verbos ter, e vir, na 3a pessoa do plural do presente do indicativo são monossílabos tônicos terminados em -em. Pela regra dos monossílabos, não deveriam ter acento. Entretanto acentua-se a forma da 3a pessoa do plural para diferenciá-la da forma do singular.
Ex.: Ele tem – eles têm Ele vem – eles vêm
Os verbos derivados de ter e vir como conter, deter, manter, reter, provir apresentam formas oxítonas e acentuadas nas 3as. pessoas do presente do indicativo: acento agudo no singular e acento circunflexo no plural.
Ex.: Ele contém – eles contêm Ele mantém – eles mantêm
Ele detém – eles detêm Ele retém – eles retêm
Os verbos crer, dar, ler e ver e derivados no singular recebem acento circunflexo no –e tônico e no plural recebem acento circunflexo no primeiro –e da terminação –êem.
Esta regra desapareceu. Agora se escreve:
Ele crê – eles creem Ele dê – eles deem
Ele lê – eles leem Ele vê – eles veem
Usa-se acento diferencial para diferenciar as palavras homógrafas (que têm a mesma escrita).
Essa regra desapareceu, exceto para os seguintes verbos:
pôr para diferenciar de por (preposição)
(verbo)

pôde para diferenciar de pode (presente)
(pretérito perfeito)
É facultativo o acento em:
fôrma (s. modelo) forma – s. aspecto

Ex.: Eis aqui a forma para pudim cuja forma de pagamento você escolhe.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Resumo - síntese

PCI – Concursos
Resumo:Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o que é mais importante, facilitando o trabalho da memória. Saber resumir as idéias expressas em um texto não é difícil. Resumir um texto é reproduzir com poucas palavras aquilo que o autor disse.Para se realizar um bom resumo, são necessárias algumas recomendações:1.Ler todo o texto para descobrir do que se trata.2.Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou palavras importantes. Isto ajuda a identificar.3.Distinguir os exemplos ou detalhes das idéias principais.4.Observar as palavras que fazem a ligação entre as diferentes idéias do texto, também chamadas de conectivos: "por causa de", "assim sendo", "além do mais", "pois", "em decorrência de", "por outro lado", "da mesma forma".5.Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um encerra uma idéia diferente.6.Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma estrutura coerente, isto é, se todas as partes estão bem encadeadas e se formam um todo.7.Num resumo, não se devem comentar as idéias do autor. Deve-se registrar apenas o que ele escreveu, sem usar expressões como "segundo o autor", "o autor afirmou que".8.O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de assunto abordado. É recomendável que nunca ultrapasse vinte por cento da extensão do texto original.9.Nos resumos de livros, não devem aparecer diálogos, descrições detalhadas, cenas ou personagens secundárias. Somente as personagens, os ambientes e as ações mais importantes devem ser registrados.
Síntese:A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser aproveitadas as idéias essenciais, dispensando-se tudo o que for secundário.Procedimentos:1.Leia atentamente o texto, a fim de conhecer o assunto e assimilar as idéias principais;2.Leia novamente o texto, sublinhando as partes mais importantes, ou anotando à parte os pontos que devem ser conservados;3.Resuma cada parágrafo separadamente, mantendo a seqüência de idéias do texto original;4.Agora, faça seu próprio resumo, unindo os parágrafos, ou fazendo quaisquer adaptações conforme desejar;5.Evite copiar partes do texto original. Procure exercitar seu vocabulário. Mantenha, porém, o nível de linguagem do autor;6.Não se envolva nem participe do texto. Limite-se a sintetizá-lo.
Exemplo de texto dissertativo:
A posição social da mulher de hoje
Ao contrário de algumas teses predominantes até bem pouco tempo, a maioria das sociedades de hoje já começam a reconhecer a não existência de distinção alguma entre homens e mulheres. Não há diferença de caráter intelectual ou de qualquer outro tipo que permita considerar aqueles superiores a estas.
Com efeito, o passar do tempo está a mostrar a participação ativa das mulheres em inúmeras atividades. Até nas áreas antes exclusivamente masculinas, elas estão presentes, inclusive em posições de comando. Estão no comércio, nas indústrias, predominam no magistério e destacam-se nas artes. No tocante à economia e à política, a cada dia que passa, estão vencendo obstáculos, preconceitos e ocupando mais espaços.
Cabe ressaltar que essa participação não pode nem deve ser analisada apenas pelo prisma quantitativo. Convém observar o progressivo crescimento da participação feminina em detrimento aos muitos anos em que não tinham espaço na sociedade brasileira e mundial.
Muitos preconceitos foram ultrapassados, mas muitos ainda perduram e emperram essa revolução de costumes. A igualdade de oportunidades ainda não se efetivou por completo, sobretudo no mercado de trabalho. Tomando-se por base o crescimento qualitativo da representatividade feminina, é uma questão de tempo a conquista da real equiparação entre os seres humanos, sem distinções de sexo.
Partes de uma dissertação
Introdução:
Constitui o parágrafo inicial do texto e deve ter, em média, 5 linhas. É composta por uma sinopse do assunto a ser tratado no texto. Não se pode, entretanto, começar as explicações antes do tempo. Todas as idéias devem ser apresentadas de forma sintética, pois é no desenvolvimento que serão detalhadas.
A construção da introdução pode ser feita de várias maneiras:
Constatação do problema
Exemplos: O aumento progressivo dos índices de violência nos grandes centros urbanos está promovendo uma mobilização político-social.
Delimitação do assunto
Exemplos: A cidade do Rio de Janeiro, um dos núcleos urbanos mais atrativos turisticamente no Brasil, aparece nos meios de comunicação também como foco de violência urbana.
Definição do tema
Exemplos: Como um dos mais problemáticos fenômenos sociais, a violência está mobilizando não só o governo brasileiro, mas também toda a população num esforço para sua erradicação.
Na construção da introdução, a utilização de um dos métodos apresentados não seria suficiente. Deve-se, num segundo período, lançar as idéias a serem explicitadas no desenvolvimento. Para tanto pode-se levantar 3 argumentos, causas e conseqüências, prós e contras. Lembre-se de que as explicações e respectivas fundamentações de cada uma dessas idéias cabem somente ao desenvolvimento.
Observe alguns exemplos:
A televisão - Se por um lado esse popular veículo de comunicação pode influenciar o espectador, também se constitui num excelente divulgador de informações com potencial até mesmo pedagógico.
(as três idéias: manipulador de opiniões, divulgador de informações e instrumento educacional.)
Escassez de energia elétrica - Destacam-se como fatores preponderantes para esse processo o aumento populacional e a má distribuição de energia que podem acarretar novo racionamento.
(as três idéias: crescimento da população e da demanda de energia, problemas com distribuição da energia gerada no Brasil e a conseqüência do racionamento do uso de energia)
A juventude e a violência - Pode-se associar esse crescimento da violência com o número de jovens envolvidos com drogas e sem orientações familiares, o que gera preconceito em relação a praticantes de esportes de luta e "funkeiros"
Desenvolvimento:
Esta segunda parte de uma redação, também chamada de argumentação, representa o corpo do texto. Aqui serão desenvolvidas as idéias propostas na introdução. É o momento em que se defende o ponto de vista acerca do tema proposto. Deve-se atentar para não deixar de abordar nenhum item proposto na introdução.
Pode estar dividido em 2 ou 3 parágrafos e corresponde a umas 20 linhas, aproximadamente.
A abordagem depende da técnica definida na introdução: 3 argumentos, causas e conseqüências ou prós e contras. O conceito de argumento é importante, pois ele é a base da dissertação. Causa, conseqüência, pró, contra são todos tipos de argumentos; logo pode-se apresentar 3 causas, por exemplo, num texto.
A reflexão sobre o tema proposto não pode ser superficial, para aprofundar essa abordagem buscam-se sempre os porquês. De modo prático o procedimento é:
- Levantar os argumentos referentes ao tema proposto.
- Fazer a pergunta por quê? a cada um deles, relacionando-o diretamente ao tema e à sociedade brasileira atual.
A distribuição da argumentação em parágrafos depende, também, da técnica adotada:
- 3 argumentos: um parágrafo explica cada um dos argumentos;
- causas e conseqüências: podem estar distribuídas em 2 ou 3 parágrafos. Ou agrupam-se causas e conseqüências, constituindo 2 parágrafos; ou associa-se uma causa a uma conseqüência e com cada grupo constroem-se 2 ou 3 parágrafos.;
- prós e contras: são as mesmas opções da técnica de causas e conseqüências, substituídas por prós e contras.
- abordagem histórica: compara-se o antes e o hoje, elucidando os motivos e conseqüências dessas transformações. Cuidado com dados como datas, nomes etc. de que não se tenha certeza.
- abordagem comparativa: usam-se duas idéias centrais para serem relacionadas no decorrer do texto. A relação destacada pode ser de identificação, de comparação ou as duas ao mesmo tempo.
É muito importante manter uma abordagem mais ampla, mostrar os dois lados da questão. O texto esquematizado previamente reflete organização e técnica, valorizando bastante a redação. Logo, um texto equilibrado tem mais chances de receber melhores conceitos dos avaliadores, por demonstrar que o candidato se empenhou para construí-lo.
Recurso adicional - para elucidar uma idéia e demonstrar atualização, pode-se apresentar de forma bastante objetiva e breve um exemplo relacionado ao assunto.
Encontre uma causa e uma conseqüência relacionados à proposição abaixo e construa um parágrafo para cada argumento:
O Brasil tem enfrentado graves problemas na área de saúde e previdência públicas
A campanha contra a miséria e a fome está mobilizando toda a nação
Indique três causas das proposições a seguir e justifique cada uma através de uma frase:
Precariedade do sistema de transportes
Alto índice de mortalidade infantil
Congestionamento nas grandes cidades
Aponte três conseqüências para os temas abaixo e construa um parágrafo fundamentando cada uma.
Baixo índice de mão-de-obra especializada
Falta de investimento em tecnologia
Uso de agrotóxicos
Levante um argumento favorável e um desfavorável para a proposição a seguir. Construa um parágrafo envolvendo suas idéias.
As greves dos trabalhadores em relação à sociedade e à nação
Conclusão:
Representa o fecho do texto e vai gerar a impressão final do avaliador. Deve conter, assim como a introdução, em torno de 5 linhas.
Pode-se fazer uma reafirmação do tema e dar-lhe um fecho ou apresentar possíveis soluções para o problema apresentado.
Apesar de ser um parecer pessoal, jamais se inclua.
Evite começar com palavras e expressões como: concluindo, para finalizar, conclui-se que, enfim...
Evitar numa dissertação:
Após o título de uma redação não coloque ponto.
Ao terminar o texto, não coloque qualquer coisa escrita ou riscos de qualquer natureza. Detalhe: não precisa autografar no final também, e ainda assim será uma obra-prima.
Prefira usar palavras de língua portuguesa a estrangeirismos.
Não use chavões, provérbios, ditos populares ou frases feitas.
Não use questionamentos em seu texto, sobretudo em sua conclusão.
Jamais usar a primeira pessoa do singular, a menos que haja solicitação do tema (Exemplos: O que você acha sobre o aborto - ainda assim, pode-se usar a 3ª pessoa)
Evite usar palavras como "coisa" e "algo", por terem sentido vago. Prefira: elemento, fator, tópico, índice, item etc.
Repetir muitas vezes as mesmas palavras empobrece o texto. Lance mão de sinônimos e expressões que representem a idéia em questão.
Só cite exemplos de domínio público, sem narrar seu desenrolar. Faça somente uma breve menção.
A emoção não pode perpassar nem mesmo num adjetivo empregado no texto. Atenção à imparcialidade.
Evite o uso de etc. e jamais abrevie palavras
Não analisar assuntos polêmicos sob apenas um dos lados da questão
Exemplo de texto dissertativo:
A posição social da mulher de hoje
Ao contrário de algumas teses predominantes até bem pouco tempo, a maioria das sociedades de hoje já começam a reconhecer a não existência de distinção alguma entre homens e mulheres. Não há diferença de caráter intelectual ou de qualquer outro tipo que permita considerar aqueles superiores a estas.
Com efeito, o passar do tempo está a mostrar a participação ativa das mulheres em inúmeras atividades. Até nas áreas antes exclusivamente masculinas, elas estão presentes, inclusive em posições de comando. Estão no comércio, nas indústrias, predominam no magistério e destacam-se nas artes. No tocante à economia e à política, a cada dia que passa, estão vencendo obstáculos, preconceitos e ocupando mais espaços.
Cabe ressaltar que essa participação não pode nem deve ser analisada apenas pelo prisma quantitativo. Convém observar o progressivo crescimento da participação feminina em detrimento aos muitos anos em que não tinham espaço na sociedade brasileira e mundial.
Muitos preconceitos foram ultrapassados, mas muitos ainda perduram e emperram essa revolução de costumes. A igualdade de oportunidades ainda não se efetivou por completo, sobretudo no mercado de trabalho. Tomando-se por base o crescimento qualitativo da representatividade feminina, é uma questão de tempo a conquista da real equiparação entre os seres humanos, sem distinções de sexo.